Elas são um fenómeno, infelizmente é um facto que não podemos negar. Lá na terra delas fazem um sucesso desmedido, e 80% das americanas querem ser como elas... nada que me admire visto que daquele lado do mundo, inteligência e bom senso é algo que não abunda, basta ver-se o candidato a Presidente Donald Trump (livrem-nos por favor deste homem se tornar Presidente).
Tenho algum receio que a moda do "rabo gigantesco fora do normal" chegue a Portugal e aí passa a moda das mamas de silicone para o rabo de silicone. A questão é que não é só o rabo de silicone, elas tiram costelas flutuantes para ficar com aquela cintura de vespa, completamente desproporcional em relação às ancas.
Muito sinceramente não percebo a beleza ou a sensualidade delas, mas que elas de burras e parvas não têm nada, isso não têm. São bastante fúteis, mas quantas não temos assim em Portugal, só não tiveram a inteligência (nem o mercado) para se tornarem nas Kardashian. Também provavelmente não tiveram um padrasto que se transforma (literalmente) numa madrasta, nem fizeram uma "sex tape" com tanto sucesso como ela.
Mas se uma Kim Kardashian nua na internet incomoda muita gente, uma Nicki Minaj vestida encomoda muito mais...
Lembro-me bem da época da escola, e como todos, achava aquilo uma grande seca. Basicamente era levantar cedo e depois de passar horas nas aulas, ainda chegar a casa e fazer os " T.P.C" (quem não se lembra deste pesadelo), no fim de tudo, não ganhava nada, ou melhor ainda tinha de me portar bem e ter "boas" notas.
Que inveja tinha dos adultos, aquela gente chata, que ainda se queixava de trabalhar e receber dinheiro no final do mês, e ainda me diziam, "um dia vais ter saudades da escola". Saudades? Como? Só achava que era mais uma daquelas "lições de vida" que não nos serve para nada...
Anos depois, sou obrigada a admitir que eles tinham razão, muita razão. Como é difícil a vida de adultos, ter responsabilidades, ter contas para pagar, ter apenas vinte e dois dias de férias por ano... Lá se foram as férias grandes do Verão, as férias do Natal e as da Páscoa? Não fossem os coelhos no hipermercado e já nem me lembrava o que era!
Tenho tantas saudades do regresso às aulas, de comprar as canetas, os lápis e a mala da escola, daquele "frio" na barriga de voltar à escola, de ir à livraria comprar os livros, do cheiro de serem "novos em folha". Aquela vontade infinita de estudar (nos primeiros três dias de aulas). Agora? Agora só mesmo aquela dor de cabeça de pensar que vou voltar ao trabalho e que faltam uma eternidade de dias sem fim, para estar de férias outra vez...
E quando ficávamos doentes e não íamos à escola, era chato estar doente, mas ao fim de dois dias já estava quase boa e ainda podia ficar uns dias em casa a descansar, agora? Nem doente podemos estar... além da doença, ainda recebemos um corte no final do mês que nem dá para comprar os medicamentos!!
Fazemos provavelmente dois balanços ao longo do ano, quando este acaba, e quando fazemos anos de vida!
Sempre adorei fazer anos, quando passava o ano já eu começava a planear o meu aniversário, que só acontece em Agosto. Desde pequena que a minha família promovia esta minha vontade de festejar, primeiro com as festas dos miúdos, depois com a festa da família, e sendo filha de pais separados ainda hoje acabo por ter três festas, com a mãe com o pai e com os amigos.
Desde sempre se habituaram a este meu fascínio pelo aniversário que até a minha família quando chegava a Maio, já estranhava se ainda não tinha falado no assunto. Também todos me diziam que com os anos isso passava, e sempre achei que isso era mais uma daquelas frases feitas, e que todos os "mais velhos" gostam de dizer. A verdade é que tenho de dar " a mão à palmatória" e admitir que isso tem um fundo de verdade.
Não porque me custe ver os anos a passar (já vou a caminho dos 28), mas porque se perde a essência, porque se perdem os amigos, porque se perde até a própria família. Claro que as pessoas têm a sua própria vida e não vão deixar de a planear por causa do meu aniversário, mas a verdade é que era aí que estava a essência da coisa. Era o facto de juntar todos aqueles que eu mais gosto, que faz desse dia um dia tão especial. A realidade é que quando crescemos, perde-se muito daquilo que nos tornava especiais e passamos a ser comuns adultos, numa vida tão agitada na qual não passamos de apenas mais uma pessoa que o facebook nos lembra que faz anos.
Não sou nem nunca fui daquelas pessoas "chatas" que mandam mil mensagens para confirmar a tua presença no seu aniversário, faço o convite e quem tem vontade de ir vai, quem não vai, amigos na mesma, prefiro poucos mas bons. Isso é outra lição que a "idade" nos dá. Já que temos uma vida tão agitada que nos dá tão pouco tempo para passarmos com as pessoas, a própria vida acaba por fazer uma seleção natural, das pessoas que realmente importam, até porque não tens tempo a perder, nem te podes "baldar" ao trabalho com fazias na escola para ficar na conversa no café o dia inteiro.
Alegra-me que chega mais um aniversário onde posso contar com os de sempre, com aqueles que me acompanham diariamente nesta vida, que jantam comigo mais do que uma vez no ano, que me fazem feliz todo o ano ao longo destes quase 28 anos (como o tempo voa e daqui a pouco já tenho 30 anos!!).
Espero que a idade passe, mas que continue com todos aqueles que mais amo junto a mim!